Você já se deparou com perguntas sem resposta?
Será que algumas coisas são realmente difíceis de responder ou elas simplesmente não têm respostas?
Há algum tempo algumas situações me levam a tais perguntas.
O que mais me atormenta é o tempo. E afinal, o que é o tempo?
O tempo me diz que tenho 20 anos. Mentira. Vinte anos de minha vida já se foram, não os tenho mais.
Mas o que é mentira e o que é verdade?
O tempo me diz que tenho uma vida pela frente. E a toda hora indica que estou atrasada.
Em que devo acreditar? E porque creio no que creio? Porque sinto o que sinto?
Isso é filosofia?
Acredito que seja, partido do pressuposto de que filosofia seja a decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana, jamais aceita-los sem antes havê-los investigado e compreendido.
Então para que filosofia? Alguém perguntou para um filosofo. E ele respondeu: “Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações.
A Filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber; por isso, o patrono da Filosofia, o grego Sócrates, afirmava que a primeira e fundamental verdade filosófica é dizer: “Sei que nada sei”.
Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência, são questões filosóficas. O cientista parte delas como questões já respondidas, mas é a Filosofia quem as formula e busca respostas para elas.
Pois então, seguem as perguntas e também a falta de repostas.
Baseado no texto
A atitude filosófica (Marilena Chauí)
Nenhum comentário:
Postar um comentário