Eclipse

"Mudar de idéia e mudar de novo, porque nada é permanente"

"Cometam os erros que puderem. Assim algum dia quando perguntarem o que nós queremos ser, não vamos chutar, vamos saber"

Agricultura familiar...

Teoricamente o primeiro passo foi dado para a valorização da agricultura familiar.
Um viva a nosso governador se essa ação realmente trazer resultados.
Pois era justamente de incentivo que o pequeno agricultor estava precisando.
Segue abaixo o editorial do Correio Riograndense desta semana:

Boas novas para a agricultura familiar

Um dos sinais promissores da nova administração estadual é a criação da Secretaria do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo. Trata-se de um aceno favorável para a agricultura familiar e a nova pasta foi confiada a um filho de pequenos agricultores, Ivar Pavan. Há sólidas esperanças que esta promessa se transforme em realidade.
A agricultura gaúcha se desenvolve em duas frentes: o agronegócio e a pequena propriedade. Sabidamente, o agronegócio tem maiores facilidades na obtenção de recursos oficiais e caminho livre para a exportação. Mas é a agricultura familiar que comparece, quase com exclusividade, à mesa das famílias rio-grandenses. Esta mesma realidade se observa nos Estados do Paraná e Santa Catarina.
Implementada a nova Secretaria, serão inúmeros os ganhos, mesmo a curto prazo. Facilitará a fixação dos filhos dos pequenos agricultores na área rural, haverá avanços na qualificação das técnicas rurais e na proteção à natureza. Trata-se, enfim, da viabilidade do pequeno produtor. Foi sobre a agricultura familiar que se originaram algumas das mais sólidas colonizações da região da Serra gaúcha. As possibilidades do minifúndio ainda não foram esgotadas.
O apoio ao mundo rural terá ainda reflexos sobre as cidades, que verão diminuído o fluxo migratório e sobre a controvertida questão das invasões, assentamentos e reforma agrária.
O Rio Grande do Sul pode e deve continuar com o plantio do fumo, arroz, soja e outros produtos do agronegócio, não excluindo a cana, em áreas delimitadas. Mas a paz, a tranquilidade social e a qualidade de vida só terão a ganhar com o efetivo apoio dos poderes públicos à economia familiar. O pequeno agricultor quer ter autorização para plantar, colher e fornecer produtos de alta qualidade à população.

Este inferno de amar

Este inferno de amar - como eu amo!
Quem me põs aqui n'alma...quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida, e que a vida destrói  -
Como é que veio a atear,
Quando - ai quando que há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembro: o passado,
A outra vida que dante vivi
Era um sonho talvez...- foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei...dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - não no sei;
Mas essa hora a viver comecei...


Almeida Garret